TESTEMUNHO DA FIDELIDADE DE DEUS

Era a manhã de um domingo aparentemente normal. Dia do Senhor, dia de participar da Santa Eucaristia, dia de servi-lo através do Ministério do Programa de Radio aqui da Comunidade e depois, com a família, que estava reunida em minha casa, irmos participar de uma festa de aniversario de um dos priminhos de minhas netas Luisa e Gisela.

Os dois filhos e três netas, que moram fora, estavam em minha casa preparando-se, como todos, para a festa de aniver-sário. Liga-nos então a outra filha nos avisando que, juntamente com as outras duas netas, estavam vindo para minha casa, pois na dela havia faltado água e precisava ainda dar banho nas filhas. Estávamos então todos reunidos, não fal-tava quase ninguém. Apenas os genros por motivo de trabalho não estavam presentes.

Minha filha Larissa, vestiu primeiro a sua filha mais nova, a Gisela, de dois anos e foi ajudar a arrumar as demais. Quando já estávamos praticamente todos prontos para sair, chamou por ela, sem obter resposta. Olhando pela porta que dá para o quintal, viu junto à piscina seus dois sapatinhos à beira. Pressentindo alguma coisa terrível, correu para a piscina juntamente com a Virgínia, minha esposa.

Eu estava na sala com meu filho e minha filha, conversando, quando ouvimos gritos terríveis e desesperados vindos da piscina. Correndo para ver do que se tratava vimos a Larissa, gritando desesperada com a Gisela totalmente inerte no seu colo.

A Virginia pegou-a e a passou imediatamente para os braços da minha outra filha, Daniela, que sendo médica, imediatamente a colocou no chão para iniciar os procedimentos de primeiros socorros. Junto a elas, olhei para a minha netinha no chão, totalmente roxa, já com parada cardíaca e respiratória como a Daniela acabava de constatar. Foi um quadro desesperador. Só tive forças para gritar bem alto o nome de Jesus: Jesus tenha piedade de nós. Jesus tenha piedade de nós!

Imediatamente a Daniela gritou: hospital! Temos que levá-la a um hospital. Saímos então correndo o mais que podíamos, eu na direção do carro, a Daniela com a Gisela no colo, no banco de trás, em direção ao Hospital mais próximo.

Deixávamos em casa os demais em desesperada expectativa. A Larissa rolava pelo chão em prantos, suplicando a misericórdia de Deus e clamando o nome de Jesus.

Minha sogra que também estava conosco, ajoelhou-se junto aos quadros do coração de Jesus e de Maria que temos na sala e pedia entre lágrimas: Senhor, eu creio na sua Palavra. O Senhor disse que quando pedíssemos com fé, ao Pai, em seu nome, Ele nos atenderia, por isso peço agora, com muita fé, que a minha bisnetinha seja salva.

A Virgínia, junto com os demais também orava. Ela já havia entrado em contato com a Comunidade Jesus te Ama, na pessoa da nossa irmã Tânia, relatando o acontecido e pedindo uma corrente de oração, o que foi feito de imediato.

Podemos dizer sem dúvida, a Comunidade também orava conosco.

No trajeto para o hospital, fui incessantemente orando em línguas e clamando a misericórdia de Jesus. A Daniela atrás, inspirada pelo Espírito Santo, viu repassar em sua mente todos os procedimentos de socorro para esses casos de afo-gamento e os aplicava sem cessar. 

Na metade do caminho eu já pude ouvir um ruído qualquer emitido pela Gisela. Graças a Deus ela estava voltando à vida. Contou-me a Daniela que ela tinha então colocado algum líquido pela boca e já era possível sentir-se uma leve pulsação.

O seu quadro foi progredindo positivamente e quando chegamos ao hospital, minha filha desceu correndo com ela ao colo, direto para o Pronto Socorro, e de lá pude, depois de alguns minutos, ouvir o choro forte da Gisela.

Corri então ao telefone da portaria para avisar em casa que a Gisela estava viva pela graça de Deus, já chorava forte e estava salva. Nossas orações agora deveriam ser direcionadas para que ela se recuperasse totalmente e não sofresse nenhuma seqüela.

Logo a Larissa, acompanhada pelo irmão, chegou ao hospital.  Percebendo como eu, o choro vivo da Gisela, sem temor e com desassombro, ainda em prantos, ajoelhou-se no saguão do hospital, à vista de todos e agradecia a Jesus em voz alta: Jesus, obrigado por salvar a minha filha! Jesus obrigado por salvar a minha filha!

O grande temor inicial já se arrefecia. A Gisela, socorrida e com vida, estava sendo encaminhada para a UTI onde deveria permanecer o tempo necessário, estimado em 10 dias pela Pediatra que a atendeu.

Aconteceria agora a luta pela sua recuperação completa. Nossa apreensão ainda era muito grande. Não esmorecemos em nossas orações. A Gisela que esteve sempre entregue a Jesus e Maria, continuava entregue aos seus braços, ao seu amor e à sua misericórdia.

Na segunda feira, dia seguinte, ela teve alta da UTI; dos dez dias previstos, bastou um. Todos os exames deram nega-tivos. Ela não carregaria nenhuma conseqüência do acidente. Ao chegar ao quarto, já praticamente recuperada, ao abrir-se a janela e ela perceber um dia bonito e ensolarado, gritou: piscina, piscina. Quero ir pra piscina! Deus fizera a graça por completo. Ela não ficara sequer com um pequeno trauma.

Nenhuma lembrança do fato iria marcar a sua vi-da. Terça-feira já estava em casa, no convívio da família. Nosso Deus, meus irmãos, é um Deus de providencia. Está sempre ao nosso lado e nos ampara sempre que a Ele bus-camos com fé.

Acredito que a presença da minha filha médica em minha casa, motivada pela falta de água na sua casa, foi uma providencia divina. Ela teve um papel importante nas mãos do Senhor. Acredito que as nossas súplicas, invo-cando o poder do Nome de Jesus, invocando o cumprimento da sua Palavra, junto com a oração dos nossos irmãos e irmãs da Comunidade Jesus te Ama, que imediatamente se uniram a nós, tiveram muita força junto a Deus.
Eu vi minha neta morta e acredito que ela foi reavivada pela graça de Deus. Ele escutou as nossas súplicas e a ressuscitou, ouviu a oração da nossa Comunidade e livrou-a de qualquer seqüela.

Eu e a Virgínia, pela graça de Deus, estamos unidos a Deus e com muito esforço, apesar de todas as nossas fraquezas humanas, temos procurado servi-lo tentando ser fiéis ao seu mandato de evangelização e chamamento à santidade. Pertencemos a mais de dez anos à Comunidade Jesus Te Ama. Sentimos sempre a força dessa Comunidade irmã que nos ampara com orações em todos os momentos que precisamos.

Tudo isso desgosta o inimigo que procura sempre nos fustigar e desviar-nos do caminho correto. Mas ele não tem po-der sobre mim e a minha família. Fomos resgatados pelo sangue de Jesus. Vivemos unidos a Ele. Acreditamos nos méritos da sua Paixão e Morte, no poder do seu Nome e na fidelidade da Sua Palavra. Com esse fato que lhes narrei já é a terceira vez que a mão milagrosa de Deus nos protege.

Isso sem falar das milhares e milhares de providencias que ele toma cotidianamente para o nosso bem. Hoje, nós que habitamos sob a proteção do Altíssimo, que moramos à sombra do Onipotente, podemos também, como o salmista, dizer ao Senhor:

Sois nosso refúgio e nossa cidadela, nosso Deus, em quem nós confiamos.
Ele muitas vezes já nos livrou do laço do caçador, e da peste perniciosa.
Ele sempre nos cobre com suas plumas, sob suas asas encontramos refúgio.

Sua fidelidade nos tem sido um escudo de proteção. Nós não tememos os terrores noturnos,nem a flecha que voa à luz do dia, Nem a peste que se propaga nas trevas,nem o mal que grassa ao meio-dia. Caiam mil homens à nossa esquerda e dez mil à nossa direita, nós não seremos atingidos.

O Senhor é nosso refúgio. Escolhemos, por asilo, o Altíssimo. Nenhum mal nos atingirá, nenhum flagelo chegará à nossa casa, Porque aos seus anjos ele mandou que nos guardem em todos os nossos caminhos. Eles nos sustentarão em suas mãos, para que não tropecemos em alguma pedra.

Sobre serpente e víbora andaremos, calcaremos aos pés o leão e o dragão.
Pois nos unimos a Deus, e Ele nos livra; e nos protege, pois conhecemos o Seu nome. Quando o invocamos, Ele nos atende; na tribulação esteve e está sempre conosco. Cremos firmemente que Ele nos livrará sempre e nos cobrirá de glória.
Seremos favorecidos de longos dias, e o Senhor nos mostrará a salvação. (Sl 90).

AMEM.